O par EUR/USD registrou uma queda significativa na sexta-feira. As negociações foram amplamente contidas na quinta-feira, com os investidores aguardando movimentos mais expressivos no dia seguinte, o que acabou resultando em um comportamento previsível. No início da semana, importantes dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da zona do euro foram divulgados, oferecendo ao euro uma leve oportunidade de recuperação. No entanto, os números da inflação de dezembro decepcionaram o mercado, sem sinalizar que o Banco Central Europeu (BCE) estaria inclinado a adotar uma postura mais moderada ou reduzir o ritmo dos cortes nas taxas de juros. Como resultado, após um breve aumento, o euro começou a perder força ainda antes de sexta-feira.
Na sexta-feira, os EUA divulgaram os aguardados relatórios de folhas de pagamento não agrícolas e a taxa de desemprego. Mais uma vez, analistas e especialistas previam resultados fracos, com indícios de deterioração econômica, mas foram surpreendidos. A economia adicionou 256.000 novos empregos não agrícolas, superando de forma significativa as estimativas de 160.000 a 200.000. Apesar da revisão para baixo dos dados de novembro, o desempenho de dezembro foi amplamente superior. Além disso, a taxa de desemprego recuou para 4,1%, um número que nenhum especialista havia antecipado.
Ambos os relatórios superaram as expectativas e impulsionaram o fortalecimento do dólar. Ainda assim, acreditamos que o dólar teria continuado sua alta, ainda que de forma mais gradual, independentemente dos dados divulgados.
Na próxima semana, o euro buscará mais uma vez suporte, mas, com base no calendário de eventos macroeconômicos e fundamentais, é difícil identificar de onde esse suporte poderá vir. Na zona do euro, estão previstas as divulgações de diversos relatórios: o PIB anual da Alemanha, os dados da produção industrial da zona do euro e as segundas estimativas da inflação para a Alemanha e a zona do euro.
Os dados de inflação da Alemanha e da zona do euro já foram considerados pelo mercado nesta semana, e as segundas estimativas não devem indicar um aumento significativo nos preços ao consumidor. Sem esse aumento, não se espera que o Banco Central Europeu (BCE) considere a possibilidade de uma ou duas pausas nos aumentos das taxas de juros no início deste ano. Além disso, a previsão do PIB da Alemanha para 2024 está projetada em -0,2%, sinalizando um crescimento econômico negativo que dificilmente incentivará a demanda pelo euro. As perspectivas para a produção industrial da zona do euro também são desanimadoras, com uma queda anual estimada em -1,8%.
Nesta semana, o cenário na zona do euro oferece pouco suporte ao euro. Embora os dados econômicos dos Estados Unidos possam potencialmente influenciar de forma positiva, os indicadores recentes têm mostrado uma economia americana geralmente robusta. Analisaremos os dados dos EUA em detalhes no próximo artigo.
A volatilidade média do par de moedas EUR/USD nos últimos cinco dias de negociação, a partir de 13 de janeiro, é de 83 pips, que é classificada como "média". Nossa previsão é de que o par flutue entre os níveis de 1,0154 e 1,0338, na segunda-feira. O canal de regressão linear superior permanece em baixa, indicando uma continuação da tendência geral de baixa. O indicador CCI entrou na área de sobre-venda duas vezes e formou uma divergência de alta. No entanto, este sinal sugere apenas uma correção, que já foi concluída.
Níveis de Suporte Mais Próximos:
Níveis de Resistência Mais Próximos:
- R1: 1.0254
- R2: 1.0315
- R3: 1.0376
Recomendações de negociação:
O par EUR/USD mantém sua tendência de baixa. Nos últimos meses, temos consistentemente expressado nossas expectativas de um declínio do euro no médio prazo. Reforçamos essa visão geral de baixa e não acreditamos que ela tenha chegado ao fim. Há uma alta probabilidade de que o mercado já tenha precificado todas as futuras reduções das taxas da Reserva Federal, o que implica que o dólar não possui, no momento, razões de médio prazo para um declínio, exceto por eventuais correções técnicas.
As posições de venda permanecem relevantes, com metas estabelecidas em 1,0193 e 1,0154. Para traders que baseiam suas operações exclusivamente em análise técnica, posições de compra podem ser consideradas caso o preço ultrapasse a média móvel, com um objetivo em 1,0437. No entanto, qualquer movimento ascendente neste momento é interpretado apenas como uma correção.
Explicação das ilustrações:
Os Canais de Regressão Linear ajudam a determinar a tendência atual. Se ambos os canais estiverem alinhados, isso indica uma forte tendência.
A linha de média móvel (definições: 20,0, suavizada) define a tendência a curto prazo e orienta a direção de negociação.
Os níveis de Murray funcionam como níveis alvo para movimentos e correcções.
Níveis de Volatilidade (linhas vermelhas) representam a faixa de preço provável para o par nas próximas 24 horas com base nas leituras de volatilidade atuais.
Indicador CCI: Se entrar na região de sobrevenda (abaixo de -250) ou na região de sobrecompra (acima de +250), sinaliza uma inversão de tendência iminente na direção oposta.